...porque as palavras tropeçam em sentimentos e se espalham, prontas a ser levadas pelos caminhos ao sabor das brisas...
25 janeiro 2011
UMA HORA
Ia a passar na rua, distraída, quando encontrei uma hora.
Uma hora perdida.
Já tinha ouvido falar delas, mas nunca tinha encontrado nenhuma.
Fiquei a observá-la.
Parecia tão hora como as demais, embora não parecesse tempo demais.
Aproximei-me devagar.
Perguntei-lhe se por acaso não queria uma ocupação, um destino.
Que não – senão gastava-se.
Em redor todas as horas estavam agrilhoadas ao estereótipo da felicidade.
Com lágrimas nos ponteiros.
Deixei-a.
Intacta.
E só.
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6 comentários:
Há horas assim...
Eu gostei de passar por aqui nesta hora!
Bjs dos Alpes
Que sorte a tua...há horas perdidas para sempre.
Beijinho
G...
Gostei tanto do teu 'hora'! :)
Hoje, com um bocadinho + de tempo, andei a 'passear p'los amigos'...
É bom 'ler-te'.
Um sorriso :)
mariam
O tempo sobe ao palco
abre o pano
não existe pano
o tempo passa
Agrilhoadas ao estereótipo da felicidade, com lágrimas nos olhos.
Como tantos, que riem pra não chorarem...
Deixaste-a intacta, pura e feliz.
Fizeste bem.
beijos.
Fabuloso.
Este é o teu registo natural.
Beijos.
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