Atrás de ti
Na porta que não vês
Há uma silhueta
Recortada da sombra
Amarrotada
Largada
Do resto dos teus passos.
Atrás de ti
Uma chuva de porquês
Cai numa gaveta
Oculta na penumbra
Encharcada
Esquecida
Do calor dos teus abraços
Não te vires,
Não olhes,
Não procures.
Ou então
Arrisca
Cruzar-te
Com o futuro.
5 comentários:
Não creio que arrisque...
Um beijo.
O futuro
é o instante que segue
no belo ciclo das marés
Como é possível, uma beleza assim escrita, numa dor que exala...uma amargura?
O poema do desencanto... com uma pontinha de esperança.
Belíssimo, apesar disso.
Gostei muito, o poema é muito bom.
Querida amiga G., tem um bom fim de semana.
Beijos.
Há muito quem não arrisque cruzar-se com o futuro...
Beijos.
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