Abres as páginas do mundo com essa gargalhada que te invade e clama e rasga e ecoa dentro de nós antes de soar fora de ti.
Lanças luz nos buracos negros do universo quando a brisa te sopra o brilho do olhar e o espalha, como purpurinas para além do segredo das estrelas.
Soltas mares e oceanos de águas doces ou revoltas consoante são de alegria ou de dor as lágrimas que choras.
És paz absoluta quando nos roubas os silêncios, quando os fazes teus, os abraças e acarinhas só para os devolveres depois, assim, memórias apaziguadas de mágoas passadas.
Esta mão, deixo-a aqui. Fixa-lhe o lugar sempre que fores passear numa bruma ameaçadora, sempre que uma alma atormentada te intrigar, sempre que o medo te fizer avançar.
Agarra-a, quando precisares de voltar.
Mas não te esqueças de voltar a partir.
6 comentários:
Já li por umas cinco vezes...e vou ler uma sexta...ou sétima...ou oitava...
Difícil, o sentir que dialogas aqui, no querer e "não querer"...será?
Seja! Mas é um Fascinante rasgo...disso não duvido!
Beijinho!
Uma prosa poética cujas metáforas nos envolvem e devolvem "memórias apaziguadas de mágoas passadas.
Lindo!
Um beijo
De preferência...
sempre a partir
nos regressos
Lindíssimo, este texto.
Regressei
para voltar a partir
Bj
É assim que se sente, mas nem todos o conseguem expressar desta forma.
Bela.
Beijos.
Postar um comentário