Gritos, sussurros, ofensas, pedras lançadas de lado nenhum e a luz… não fugia.
Descansava todas as noites, nunca breu, antes obscuridade onde mantinha um brilho diáfano, quase sumido.
De noite deixavam-na estar. Só até ao dia chegar e o brilho incomodar.
De noite, deixava-se estar quase bem, na vigília que lhe tolhia a profundidade do sono.
Manhã. Misturada com o Sol, passaria despercebida. Assim seria não fora o impacto que causava no sentir alheio. A luz do Sol até podia queimar. A sua… não devia existir.
Ainda assim não fugia. Brilhava firme, na sua missão de iluminar.
Sabia que um dia se apagaria. Mas só depois de ter iluminado tudo o que se lhe pedia.
4 comentários:
O poema organiza-se entre dois pólos opostos - a luz e a sombra configurados na manhã e na noite, extravasando da natureza para a natureza da alma humana. Gostei da supremacia da luz sobre a sombra.
L.B.
Um grito intemporal
a rasgar
Excelente.
Gostei imenso, querida amiga G.
Tem um bom fim de semana.
Beijos.
G...
Ecoa esse grito! Gosto.
Fechei a caixa de comentários do http://mariasentidos.blogspot.com/ (um dia destes reabro), mas continuo a visitar o 'blogobairro' e embora ande parca no comentar, não me esqueci de Ti nem dos outros(as)amigos(as).
um abraço e o meu sorriso de sempre :)
mariam
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