Ardes no vento que passa
Pedes água a cada nuvem
Sob o Sol que te trespassa
Não se vislumbra ninguém…
Nem coberto pelo ouro
Da riqueza que faz pão
Te adivinham tesouro
Ao alcance de cada mão.
Respiro a generosidade
Por entre passos sem eco
Da sombra e da verdade
De um sobreiro quase seco.
E oiço sob as oliveiras
Onde se sentava o pastor
As cantigas das ceifeiras
Derretendo sob o calor.
Ardes de febre e de vida
Abraças a noite num beijo
Feito de terra esquecida
Deixaram-te ficar Além Tejo.
4 comentários:
Belo
Adoro o Alentejo. E também gosto muito de te ler.
Beijos.
Um lindo poema! Gostei da musicalidade das palavras!...
Beijos,
AL
Ardes de febre e de vida
Abraças a noite num beijo
Feito de terra esquecida
Deixaram-te ficar Além Tejo.
Gostei imenso do poema, mas esta quadra é sublime.
Querida amiga G., boa semana.
Beijos.
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