No horizonte estava frio.
Puxei as pontas do arrepio
E cobri-me de desalento:
Gelou o Mar num momento.
Queria chorar-te em fio
Nas águas inversas do rio
Que trago corrido para trás:
Para a frente não sou capaz…
No Sol nascido estava calor.
Despi a pele e fiz-me nua
Dos vícios mundanos do amor:
Carne em chama, toda tua!
Cratera que sou de um vulcão
Fundo-me na lava dormente
Ofereço-me, rubra de paixão
À terra líquida, incandescente.
No teu sorriso havia alegria.
Quando o vulcão se acendia
Com um beijo derretia o Mar
E com outro se fazia amar….
2 comentários:
Olá
Por aqui ainda se sente o cheiro a enxofre e paixão...
O prazer está onde o sabemos encontrar. O importante é senti-lo: quer em carne viva, quer quando nos atravessa uma brisa e tudo à nossa volta permanece quieto.
É bom ler-te!
PILAR: obrigada pelo comentário.
É bom ter-te por aqui...
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