Puxo a pele, puxo os cabelos, puxo a raiva
Que está elástica e gigante e me envolve
Que me queima, que me rasga e revolve
Que nada limpa, nada emenda nem resolve
Puxo as lágrimas que se esticam para ser rio
Ou se espaçam para ser gotas de suor… frio
Puxo-me em vómito de revolta, de desvario
Puxo a raiva, puxo a pele, puxo os cabelos
Que flutuam à superfície da água do poço
Que me afogo e já quase não me ouço
Estranho murmúrio, resto de grito, mortiço
Largado o sonho à mercê da realidade
Que se negou crua, que se quis verdade
Com injustiça se vela, morto, na eternidade
Puxo os cabelos, puxo a raiva, puxo a pele
Mortalha enrugada da falecida ingenuidade….
5 comentários:
Amei conhecer seu blog, sou a ,sua mais recente seguidora, estarei a compartilhar contigo poemas que aquecem a alma.
ABRAÇOS CARINHOSO
De-me o prazer de sua visita em meu blog, é simples mas com muito amor;;
PRECIOSA: muito obrigada!
Visitarei o seu blog com muito prazer!
Um beijinho
PRECIOSA: muito obrigada!
Visitarei o seu blog com muito prazer!
Um beijinho
Puxo a vontade...de continuar nesta leitura...apesar de grito interior..(nada tenho a ver com o mesmo... seguramente) mas sinto-o expressão muito bem "plantada" na tela papel do teu jardim de letras.
Outono: a desilusão e a ingenuidade são cimento e tijolos da personalidade. Constrói-se assim. Sobre destroços...
Obrigada amigo
~Beijinho
Postar um comentário