O Sal está quente
Evaporado da água chorada
Em frases desmanchadas
Em letras revoltadas
Quente, o Sal
Fervendo o sol no fogo lento
Cada labareda em lamento
Canta notas de tormento
Estala, o Sal ardente
Ressequido do que não diz
Cercado pelo que não quis
Cristal baço, infeliz
Arde o Sal, afinal
Em fogaréu falho de chama
No fogo gelado de quem chama
A boca quente, que ama
Não faz mal
Que o Sal molhado
Se dissolveria afinal
Nas lágrimas do tempo chorado
2 comentários:
O sal molhado, dissolvendo em poemas, as palavras salgadas, que as lágrimas em seu tempo ressecam...
Bjs dos Alpes
Menina tu manda muito bem!
Parabéns por escreveres com tanto lirísmo.Gostei demais.
Beijos
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