...porque as palavras tropeçam em sentimentos e se espalham, prontas a ser levadas pelos caminhos ao sabor das brisas...
15 março 2010
PORTAS
- Não tenho!
- Tens pois!
- Não tenho, já te disse!
- Mas então… Como se entra?
Entras… de espírito aberto, sem fios ou cordas que o amarrem. Não quero nada que me enrede ou com que possa enredar.
Entras com sonhos nas mãos, velhos ou novos, ofertas eternas, sempre prontos a partilhar.
Entras de guardas descidas, porque num mundo perfeito não nos deixariam errar.
Entras de defeitos ao peito e não ocultos nas tuas sombras: ocupam demasiado espaço e não te vou julgar.
- Tens, vês que tens?
- Não tenho!
- Tens uma porta, para se entrar, uma combinação de cofre para acertar…
-Não… Não tenho porta, não há janelas, nem fechaduras para trancar.
Não percebeste ainda?
Já estás cá dentro. Deixa-te ficar.
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2 comentários:
Obrigado por me deixares entrar no teu mundo, apesar de não haver portas nem janelas...
Muito bonito....
Beijinho amigo
Filó...
É uma honra, saber que me «visitas» na minha humilde casa, sem portas nem janelas!
Beijinhos
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