À bolina, na neblina
Que o tempo faz avançar:
É tão bela, faz-te dela
Deixa o silêncio passar!
Quieta a noite serena
No nada veste-se luar:
Não há alma, por pequena
Que se não deixe encantar.
São palavras, são poetas
Presos na arte de tecer
Com fios de pontos e letras
Beleza para se ler.
Já à vista, mar aberto
Deixo o sorriso embalar
E salpicar o deserto
De estrelas a versejar.
Terra firme, eis-me aqui
Mas insisto em prolongar
Esta viagem em ti:
Até o tempo acabar!
23 Abril 2010
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