13 abril 2010

NOITE


A noite apaga-a...
Vai-se-lhe a luz,
A chama que brilha e seduz!
Fica nua em si, de si, para si.
Liberta dos elos, nos novelos
Pelos ermos dos pesadelos
Pelo beiral das janelas
Na vertigem de se ver.
Cair

A noite apaga-a. .
Vai-se-lhe a luz.
A voz que canta e encanta.
Fica só na solidão.
Busca-se no perpétuo perdão
Pelos crimes adiados
Pelos pecados guardados
Na gaveta do esquecer.
Morrer

A noite apaga-a.
Vai-se-lhe a luz.
O olhar que rasga e inquieta.
Deixa-se cega de ilusão
Cai a pique na razão
Enredada em dúvida - porquês?
Fere-lhe a vista a visão:
Que fazer para se querer?
Perder

Um comentário:

M(im) disse...

Obrigada!
O amor é líquido.
E tem marés...
Beijinho