Deixo-me quieta, nesta inquietude
Presa nos nós, em invisíveis amarras
Carcereira em mim da insana vontade
Do teu toque na alma – o que esperas?
O tempo faz-te embrulho sofisticado.
Eu quero-te nu, pleno de ti em mim.
O tempo quer-te distante, espartilhado
Eu sinto-te livre, completamente, enfim!
Pudessem as ondas levar-me com elas…
Em renda de espuma beijar-te-ia os pés.
Se, bondosas, me roubassem as estrelas
Ladra da sua luz, desenharia o que me és.
Na alma, esta inquietude faz-me quieta.
Os nós apertados tolhem o movimento.
Mas a vontade… A de ti já me tem liberta!
Só um inimigo cruel nos atrasa o momento…
03 Abril 2010
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