25 maio 2010

ERA MINHA


Tinha-a na mão
E era minha.
Na mão fechada
Bem guardada
Ainda a tinha
Num fim de solidão.

Por entre os dedos
E era minha.
Cravada na palma
Escrita na alma
Assim a tinha
No fim dos segredos.

Na mão ferida
E era minha.
Bem apertada
Já desbotada
Ainda a tinha
Mesmo esquecida.

Dedos crispados
E era minha.
Velha de sempre
Na mão dormente
Ainda a tinha
Mesmo aos bocados.

Escancara-se a dor
E – sendo minha –
Ofereço-te ESPERANÇA:
Faz dela herança.
Na mão que a tinha
Deixa ficar AMOR…




4 comentários:

Maria disse...

O amor não substitui a esperança... precisamos dos dois, e de muito mais. Todos os dias...
Gostei desta espécia de 'lenga-lenga'.

Beijo.

M(im) disse...

Maria: se precisamos!
Mas eu trago sempre uma réstia de esperança - velha, amachucada, esquecida na mão fechada. Quando alguém precisa dela, ofereço-a.
Mil vezes sem nada em troca. Mil e uma abro a mão e - no local da velha esperança, vejo que nasceu amor...
Beijinho

PÉTALA disse...

G
Quantas esperanças
guardadas nas lembranças
de tormentas e bonanças
Aromas de
PÉTALA

M(im) disse...

PÉTALA:
Quantos....
Obrigada!
Beijinhos