19 maio 2010

MEL


















Vejo-te e fazes-te mel em mim.
Os meus ossos desfazem-se,
Fazem-se algodão doce de arrepio.
O sorriso nasce e pinga
Sobre a tua boca
Em tragos de língua
Molhados, suaves e vagarosos,
Que bebemos felizes.
O meu corpo reflecte a luz
Polvilhado de açúcar
Cristais brilhantes
Espalhados ao acaso
Que juntas com a boca,
Devagar e com desvelo
E que me ofereces
Em beijo interminável.
Vejo-te e fazes-te amor em mim.
Com a alma.
Na promessa do corpo.



19 Maio 2010

6 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Brilhante.
Um dos melhores poemas que li teu.
Antes do corpo, a alma, como mandam as regras...
Querida amiga G, parabéns por este magnífico poema. Gostava de ter sido eu a escrevê-lo...
Um beijo.

Lídia Borges disse...

Um poema de açúcar em ponto de... Amor!

Um beijo

Maria disse...

Não te sei comentar...
Poema muito doce e sensual, cheio de ternura e... que a promessa se cumpra!

Beijo, G.

M(im) disse...

Nilson, Lídia, Maria:
Obrigada.
Doces, as vossas palavras em mim!
Beijinho

António MR Martins disse...

Goreti,

Excelente poema.
Um poema de uma envolvência tal que nos faz interiorizar mil e uma situações onde a paixão e o amor podem brotar de forma coincidente.
Gostei sobremaneira.
Estás a subir patamares na tua poesia.
Continua!...

António MR Martins

M(im) disse...

António:
Doce, doce este poema, acrescentado agora das tuas palavras de icentivo!
Obrigada!