07 agosto 2011

A FINAL

No fundo, bem no fundo de mim encontrei uma porta com ar antigo. Mal se notavam as letras gravadas: «saída».


Atrevi-me. Afinal já estou no fim ou lá perto. O tempo passou e desbravou o caminho e agora passo o tempo sem caminho para percorrer.


A mão tremeu, suada, e um guincho irritante anunciou a abertura. Fechei os olhos, inundada já do medo que tentara conter.


Percebi por detrás das pálpebras cerradas a luz. Muita luz, muita paz. Abri os olhos.


No fundo de mim estavas tu, por detrás de uma porta onde a palavra «entrada» estava pintada de fresco.


Abri-a e entrei. Afinal, o meu fim, era acompanhar-te no teu começo…