06 dezembro 2011

BORBOLETAS

Depressa, vai buscar as redes de caçar borboletas!

Muitas. Tantas serão de menos: traz mais ainda.

Rápido! Corre e trá-las. Senão…

Os pássaros voam e caçam no ar

As brisas sopram e na ira fazem-se ventos

O chão é frio e sujo e não me quero lá.

Lança-as ao ar, as redes,

Em movimentos suaves e circulares

E apanha-me na queda:

Porque implodi e estou desfeita

Em cinzas que flutuam num voo breve.

Que um pássaro me não confunda,

Que um vendaval me não faça perder,

Que o chão não me acolha para que me pisem.

Se não me recolheres toda,

Que me levem as borboletas.



6 Dezembro de 2011

6 comentários:

Nilson Barcelli disse...

É bom haver alguém que na vida nos recolha e nos abrigue.
É bom haver alguém como tu a fazer tão boa poesia.
Beijos, querida amiga.

M(im) disse...

Amigo: obrigada!
Daqui a umas eternidades aspiro a escrever um único poema tão belo como os teus!
Um grande beijinho.

Mar Arável disse...

Excelente metáfora

Na simplicidade
voa complexo o belo poema

M(im) disse...

MAr Arável: obrigada.
Beijinho

mariam [Maria Martins] disse...

Lindo!

voa.. voa muito.. sempre.

beijinho
mariam

M(im) disse...

Obrigada amiga.
Beijinhos