03 julho 2010

ADEUS

Pára o tempo. E o alento
Que é hora da madrugada
Escuto o som do meu lamento
Nessa lágrima ainda guardada
Empurro-a para fora de mim
Não se guarda sofrimento assim.

Pára o tempo. E a consciência
Que é hora de liberdade
De despertar desta dormência
Em que encaixotei a saudade
Espalhada no sangue e na alma
Não sei vivê-la com calma.

Pára o tempo. E a tristeza
Que é hora de desistir
Deixo-te um bilhete na mesa
Despeço-me no teu dormir
Serão teus os sonhos meus
Mais ainda depois do adeus.

2 comentários:

Mar Arável disse...

O tempo não pára

de crescer

em sonhos

M(im) disse...

Mar Arável: e os sonhos não deixam de existir para além do tempo...