04 abril 2010

ESPERO


Estás dentro. Cá dentro. Por dentro. Entranhado

-Mas eu espero!

No intervalo dos minutos, entre os ponteiros das horas

-Eu te quero!

Na espuma rebelde das águas deste mar enfurecido

-Quase desespero!

Nos gritos de lamúrias que me emprestam as gaivotas

Que te quero…

Digo aos grãos de areia que piso com fúria incontida

Que desespero…

Grita-me o olhar, em busca nas nuvens de boleia para a alma

Que espero…

Forço-me a acreditar, numa razão quase perdida

Espero – desespero! Porque te quero!

Sentado no meu escuro, escondido na minha calma…



03 Abril 2010









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